segunda-feira, 3 de maio de 2010

Gosto.


Gosto de “estórias”. Não gosto de palavras caras.
Gosto de livros. Não gosto de folhetos (no carro).
Gosto de pessoas. Gosto de animais.
Gosto de mim. Gosto de ti. Gosto de toda a gente.
Gosto da multidão.

Não gosto do vento.
Mentira, gosto do vento quando lhe sinto a falta.
Não gosto da chuva.
Mentira, gosto da chuva quando posso usar o meu
chapéu cor-de-rosa sem o estragar.

Gosto do frio em dias de céu azul.
Gosto de luvas. Gosto do Natal.
Não gosto de ter de usar ventoinhas.
Não gosto de ar-condicionado.


Gosto de almofadas. Gosto de postais.
Gosto de fotografias sem cor.
Gosto de comboios. Gosto de estar à janela.
Gosto de conduzir.

Gosto de vinho do Porto.Gosto dos croissants do Careca.
Não gosto de bacalhau.

Gosto de casacos. Gosto de sapatos.
Gosto de malas. De leopardo.
Gosto de preto. Gosto do mar. Gosto de metereologia.

Gosto (muito) de Lisboa.

Não gosto de ter de correr para apanhar o metro.
Mas gosto quando consigo.
Não gosto daquela rua íngreme que subo para ir trabalhar.
Mas gosto do café (cheio) que bebo a meio da subida.

Não gosto de acordar à pressa. Gosto da luz que entra pela janela.

Gosto de música do mundo. Gosto de viajar.
Gosto de pessoas humildes.

Gosto quando o telefone toca.
Gosto de sorrir.
Gosto quando se lembram de mim.
Gosto ainda mais quando eu me lembro de mim.
Aqui. Assim. Agora.

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