sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DR

Ela olhou e eu percebi logo que não ia conseguir impedir que falasse comigo. Chegou-se, com um molho de revistas CAIS no braço, e disse: "Posso-lhe fazer uma perguntinha...?" "Sim, diz...", respondi ainda a meio de uma mensagem escrita.
"O que é que tem feito pelos Direitos Humanos?"
Assim, sem demoras, como uma pedra. Surpreendida com a pergunta não consegui deixar de sorrir como que embaraçada. "Pequenas coisas, mas algumas", pensei. E não foi preciso mais nada. Ela sorriu e percebeu que tinha conseguido fazer-me parar para pensar. Dei-lhe um aperto no braço, disse-lhe um boa sorte, e segui o meu caminho.

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